Como escolher o obstetra ideal?

Como escolher o obstetra ideal

obstetra ideal deve estar alinhado com os pensamentos da mãe em relação ao parto; não tenha medo de conhecer alguns até definir quem cuidará da sua saúde e de seu bebê durante a gestação e no pós-parto

Muitas mulheres que planejam ter um filho, ou até quando não foi planejado, se preocupam com o próximo passo logo após o teste de gravidez dar positivo: a escolha do obstetra ideal. Este fator é essencial para os próximos meses de gestação.

Obstetra ideal: como identificá-lo

O obstetra ideal deve estar alinhado com os pensamentos da mãe em relação ao parto. Além disso, a mãe e o pai da criança também, não devem ter medo de conhecer vários profissionais antes de definir quem cuidará dos próximos passos.

O papel deste profissional é sanar todas as dúvidas que podem tirar o sono das grávidas, principalmente das mamães e papais de primeira viagem.

Um fator muito importante a ser levado em consideração na escolha é saber se este obstetra poderá ser encontrado também fora do horário de expediente, se a gestante poderá ligar ou mandar mensagem para ele em caso de urgência.

Isso porque, muitas grávidas temem ser abandonadas por seus obstetras no momento em que mais precisam. São inúmeros relatos de mulheres que já passaram por esta situação.

Estudo da Universidade de Michigan

De acordo com um estudo da Universidade de Michigan, nos Estados Unidos, foi constatado que o receio de as grávidas serem esquecidas pelo especialista no meio da gravidez é a maior preocupação das mulheres.

Para Lee Roosevelt, coautora da pesquisa, esse medo não é saudável, o que pode gerar complicações relacionadas ao nascimento do bebê. Isso inclui a necessidade do uso de remédios para indução do parto ou até mesmo uma depressão. Portanto, se você puder, crie um canal aberto com o médico que conhecer até achar o que vai cuidar de fato da sua saúde e de seu bebê.

Como recrutar o profissional

Caso você ainda não tenha um profissional em mente, peça indicações a amigos. Mas se você tiver um ginecologista que também é obstetra, pergunte às pacientes dele na sala de espera como é a conduta dele.

Além disso, analise o currículo do médico com cautela. Pense como se fosse uma seleção em que você recrutará um profissional para sua empresa. Portanto, busque informações sobre a formação dele, cursos. E não se esqueça de verificar se ele possui título de especialista fornecido pela Federação Brasileira das Associações de Ginecologia e Obstetrícia (Febrasgo).

Outro ponto importante é saber se o obstetra fez residência nesta área e se possui vínculos com hospitais e universidades, ou ainda, se está à frente de entidade ou grupo de gravidez e parto. Todos estes fatores podem ser um diferencial na hora de escolher o obstetra ideal.

Primeira consulta

Após colher todas as informações necessárias, marque a primeira consulta. Se possível, leve o pai do bebê também. É importante que o casal tenha uma primeira impressão do profissional juntos. Converse com o médico e deixe claro quais suas expectativas quanto ao nascimento do seu filho. No caso de desejar um parto normal não opte por um obstetra que tem em seu currículo um maior número de partos cesárea.

Você pode obter esta informação com exatidão, valendo-se da Resolução Normativa nº 368, da Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS). O documento diz que as operadoras de planos de saúde, sempre solicitadas, devem divulgar a quantidade ou percentual de cada tipo de parto realizado pelos médicos e hospitais. Para isso, o pedido deve ser feito diretamente com as operadoras e elas devem responder em até 15 dias úteis.

Local do parto

Você também deve dizer onde prefere ter seu bebê: no hospital, em casa ou com parteiras. Existem médicos que aceitam realizar partos domiciliares, mas outros não. Entretanto, tenha em vista que o Conselho Federal de Medicina não aconselha e nem se responsabiliza por procedimentos feitos em casa e com parteiras. Neste caso, eles apenas recomendam partos em ambiente hospitalar por ser considerado mais seguro.

Sendo assim, é de extrema importância encontrar um obstetra que compreenda e apoie sua decisão para poder orientá-la com transparência e segurança.

Se precisar, troque de profissional

Em caso de não se sentir à vontade com um obstetra, não tenha medo de trocar de profissional. Às vezes, num primeiro momento ele pode ser a escolha certa, mas no meio do caminho algo fora dos planos. Há casos de gestantes que optaram pelo ginecologista que cuidou delas por anos, mas que perceberam que as ideias dele não iam de encontro com as suas. Portanto, é melhor trocar de profissional e encontrar o que apoia as ideias da gestante e de seu companheiro(a).

Plano de parto

Segundo dados do Ministério da Saúde:

“No Brasil, a taxa de cesárea é de 84,6% nos serviços privados e de 40% no sistema público.”

O índice de cesarianas no Brasil é três vezes maior do que o recomendado pela Organização Mundial de Saúde. E é justamente por isso que se criou um plano de parto, com a finalidade de barrar as cirurgias desnecessárias. Muitas vezes, elas são feitas contra a vontade dos próprios pais.

Este plano é um documento informal no qual os pais registram suas preferências antes, durante e após o nascimento do bebê. a prática surgiu nos Estados Unidos há décadas e pode ser elaborado em parceria com o médico.

Então, conserve com o obstetra, porque o recomendável é que ele esteja finalizado até o sétimo mês de gestação. Neste documento o casal também define quem estará presente na sala de parto (mas deve-se verificar a possibilidade em razão da pandemia), a posição que a mãe considera mais confortável, entre outros fatores.

Parto particular

Aqui entra a polêmica taxa de disponibilidade, que é o valor pago à parte que assegura a presença do médico durante o parto, não importa a data nem o horário.

Apesar de ser considerada uma prática ilegal e abusiva pelo Instituto de Defesa do Consumidor (Idec) e pela Agência Nacional de Saúde Suplementar, o Conselho Federal de Medicina tolera, porque entende que a quantia paga em torno de R$ 500 por procedimento aos obstetras é muito baixa.

Diante desta realidade, os profissionais costumam pedir um valor “por fora” até oito vezes mais o proposto. Sendo assim, não tenha medo de deixar isso às claras na hora de conversar com seu futuro obstetra para saber o que ele pensa disso. Após sua resposta cabe a você decidir se ele vale a pena ou não para ser seu médico durante toda gestação.

Os obstetras e as doulas

Ainda não é comum que o obstetra aceite uma doula na hora do parto. Se você quer ter uma doula, diga a ele logo na primeira consulta.

A doula é uma assistente de parto, responsável por acompanhar a mulher durante toda a gestação, oferecer apoio emocional, tirar dúvidas e até mesmo ajuda-la fisicamente e emocionalmente no momento do parto.

Entretanto, ainda não há uma lei federal que regula a participação delas nas maternidades brasileiras. De acordo com o Ministério da Saúde, cabe aos estados e municípios permitir a presença delas ou não.

Um exemplo é que no Rio de Janeiro, por meio da lei nº 7.314, é garantida a presença dessas profissionais em maternidades, casas de parto e hospitais das redes pública e privada.

O mesmo ocorre na cidade de São Paulo. O projeto de Lei nº 16.602 de 23/12/2016 garante a participação delas durante todo o período de trabalho de parto.

Foto: Reprodução/DepositPhotos

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