Febre infantil: 7 mitos sobre ela

febre infantil - 7 mitos sobre ela

Entre os mitos sobre a febre infantil está o banho gelado, que pode dar um efeito contrário e aumentar ainda mais o quadro febril

Nos tempos das nossas avós era muito comum ouvir conselhos de como lidar diante de uma febre na criança. E estes ensinamentos foram passados de geração em geração. Mas neste artigo você saberá sete mitos sobre a febre infantil e também quais medidas podem de fato ajudar a baixar a febre.

7 mitos sobre a febre infantil – o que os pediatras dizem

Os pais de primeira viagem podem se confundir diante de tantos conselhos vindos de parentes mais velhos, amigos que já têm filhos ou até do que leem na internet. A seguir, confira quais são estes oito mitos para que nunca mais se confunda quando seu filho tiver febre.

Mito 1 – banho gelado baixa a febre infantil

Este é um dos mitos mais difundidos. Portanto, os pais devem se atentar a ele. Neste caso, dar banho gelado na criança faz com que os receptores de temperatura “pensem” que a febre programada não foi alcançada. Em suma, esta percepção é levada ao cérebro como um sinal para voltar a aumentar a temperatura do corpo. O correto aqui, segundo os pediatras, é observar a criança e a agasalhar bem se ela sentir frio ou deixá-la em ambiente bastante arejado e confortável se sentir calor.

Mito 2 – Testa e barriga mais quentes que o resto do corpo é indicativo de febre

Outro engano que muitos cometem quando querem atestar se o filho está com febre. Ao encostarem na testa, barriga ou mãos e sentem mais quente já acham que é febre. O certo é verificar a temperatura com o uso de um termômetro abaixo da axila.

Mito 3 – Enrolar o bebê com uma toalha encharcada dentro do chuveiro ajuda a baixar a febre

Como vimos no mito 1, banho gelado não funciona e o mesmo se aplica à medida com uma toalha encharcada dentro do chuveiro. Ou seja, o quadro de febre pode se agravar e ainda provocar choque térmico. O correto é dar um banho morno e quando a criança não está com frio. Com isso, a mãe se mantém ocupada neste cuidado, auxiliando na baixa da temperatura aliado à administração de um antitérmico, receitado pelo pediatra.

Mito 4 – Colocar álcool na água do banho do bebê

De maneira alguma essa alternativa deve ser levada em consideração, uma vez que o uso do álcool pode provocar intoxicação no bebê.

Mito 5 – Tirar toda a roupa da criança quando está com febre

Quando a criança está com febre, ela pode sentir muito frio e até calafrios. Aqui, você deve agasalhar bem seu filho. Entretanto, não se esqueça de que, com o uso de um antitérmico receitado pela pediatra, o efeito contrário pode acontecer. Ou seja, a criança passa a sentir muito calor a suar em excesso. Aí sim, neste caso, é que se deve tirar algumas roupas da criança.

Mito 6 – Toda febre infantil pode apresentar convulsões

Este é um tipo de evento benigno, para a tranquilidade dos pais. Mas que, claro, à primeira vista, pode gerar pânico. A convulsão febril ocorre em crianças predispostas geneticamente na presença da febre, entre 37°C e 40°C. No entanto, essas crianças devem ter atendimento em que os responsáveis são orientados sobre como prevenir estas convulsões. Além disso, a predisposição genética pode ser identificada por meio de exames e testes genéticos.

De acordo com o estudo “Febre: mitos que determinam condutas”, a convulsão febril em crianças entre seis meses e cinco anos de idade, sem causa que a explique, acontece em 4% de uma população de crianças saudáveis. Em um dos estudos, houve uma metanálise com 2.496 crianças, e a conclusão foi que após uma primeira convulsão febril que a probabilidade de recorrência em subsequentes episódios de febre depende da idade em que houve o primeiro episódio (entre 12 e 24 meses). Além do histórico de convulsões febris ou não geradas em familiares de primeiro grau e presença de moderada elevação de temperatura (inferior a 40° C na medida retal).

Mito 7 – Alternar dois tipos de antitérmicos

Este mito é totalmente desacreditado pelos pediatras que sempre recomendam usar sempre o mesmo antitérmico ao qual a criança já se acostumou e responde bem ao tratamento. Alternar remédios não vai alterar o quadro.

Além disso, vale reforçar que a febre não é uma doença, e sim um sintoma de uma provável doença. Portanto, o que necessita de tratamento é a doença e não a febre. A orientação de um pediatra é sempre importante para que se possa fazer o correto diagnóstico e tratamento.

Foto: Reprodução/DepositPhotos

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