Por que esperar a hora do bebê é tão importante?

Por que esperar a hora do bebê é tão importante

Esperar a hora do bebê traz a vantagem de seu organismo estar mais maduro, além de maior ganho de peso e liberação de hormônios essenciais para a fase de amamentação

Toda gravidez gera dúvidas nas mamães de primeira viagem e até nas que já têm filhos. Isso diz respeito, principalmente, a esperar a hora do bebê. Mas o que isso significa na prática? Neste artigo, vamos explicar melhor.

Entre as questões mais preocupantes para as gestantes está o fato de que forma o bebê virá ao mundo: via vaginal ou por cesárea. Entretanto, pouco se fala ainda sobre a importância de esperar o trabalho de parto espontâneo.

Esperar a hora do bebê

Em 2017, o UNICEF (Fundo das Nações Unidas para a Infância) lançou a campanha “Quem Espera, Espera” . Na ocasião, a iniciativa pretendia chamar a atenção das mulheres por meio de um site que trazia relatos pessoais, além de informações variadas. Todas elas comprovavam os benefícios da opção de esperar a hora do bebê para a realização do parto.

Segundo o ginecologista e obstetra, Dr. Paulo Henrique Di Rocco:

“O trabalho de parto espontâneo nada mais é do que aguardar e respeitar o tempo da mãe e do feto. Por processos de simbiose, as contrações uterinas são desencadeadas e assim há a dilatação do colo do útero e o seguimento das fases do parto.”

Benefícios

Quando a mãe respeita e espera os sinais que seu filho dá, mostrando quando está pronto para nascer, isso tudo só traz benefícios futuros para os dois.

Além disso, outra vantagem é de o organismo estar mais maduro, além de maior ganho de peso e liberação de hormônios essenciais para a fase de amamentação.

Para o ginecologista Rodrigo da Rosa Filho, membro da Sociedade de Ginecologia e Obstetrícia do Estado de São Paulo (SOGESP) e sócio-fundador da clínica de reprodução humana Mater Prime, também na capital paulista:

“Há melhor adaptação do bebê ao ambiente extrauterino e a mulher corre menos risco de ter problemas como sangramentos no pós-parto.”

Di Rocco diz ainda que esperar a hora do bebê traz melhorias respiratórias. Com isso, “há menos chance de ser necessária uma manipulação médica para o seguimento do parto”. Esse desenlace traz um estreitamento mais afetivo entre mãe e filho.

Quais os riscos quando não se espera a hora do bebê?

Não há uma generalização. Ou seja, cada caso é único e deve ser avaliado individualmente. E quando não ocorre um trabalho de parto espontâneo há uma probabilidade de o bebê ter desconfortos respiratórios. E se for alto este desconforto, ele pode acarretar maior dificuldade para eliminar o líquido amniótico dos pulmões.

Quando a mãe espera seu filho, ele também corre menos risco de apresentar “doenças de via aérea superior, como a asma”, reforça Di Rocco.

Últimas semanas de gravidez

Em relação às últimas semanas de gravidez, elas são muito importantes para a saúde do bebê. De acordo com o estudo “Nascer no Brasil” de 2012, por exemplo, revelou que 35% das crianças avaliadas nasceram entre a 37ª e a 38ª semana. Mesmo não sendo consideradas prematuras, as pesquisas indicaram que elas foram internadas com mais regularidade na UTI neonatal.

Cesárea

Apesar de todas estas informações, há muitas gestantes que preferem agendar o parto do filho, escolhem a data de nascimento. E isso tudo mesmo sem o bebê dar qualquer sinal de que está pronto para nascer.

Entretanto, quando a mãe decide a via de nascimento ela tem de estar ciente dos riscos quando não entra em trabalho de parto espontâneo, alerta o médico Rodrigo da Rosa.

Semanas de gestação

Geralmente, uma gestação saudável pode durar até 42 semanas. Porém, cada caso dever ser acompanhado individualmente. Para o médico Di Rocco, “quando a gestação chega a 40 semanas, devemos ter uma atenção especial ao controle de vitalidade fetal e avaliar criteriosamente a necessidade de uma intervenção para o nascimento ou para melhorar a condição do parto”.

Romper a bolsa

Por fim, sobre o rompimento da bolsa de modo artificial, ou seja, quando não houve trabalho de parto espontâneo, sobre isso, Rosa Filho afirma:

“Essa ruptura deve ocorrer espontaneamente. Porém, às vezes o trabalho de parto não está evoluindo bem e o médico opta por rompê-la. Em alguns casos é necessário, embora não seja ideal.” 

Foto: Reprodução/DepositPhotos

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