Amamentação: As 6 maiores dificuldades (e como resolvê-las)

Amamentação As 6 maiores dificuldades e como resolve-las

Entre as 6 maiores dificuldades da amamentação está a falta de produção de leite  

Quando uma mãe tem dificuldades na amamentação de seu bebê pode ter alguns problemas e desafios diários por trás disso. Mas não se preocupe! Neste artigo, você vai saber e entender como resolver seis destes desafios que muitas mamães enfrentam durante a fase de aleitamento.

Para um aleitamento eficaz e duradouro o bebê já deveria começar a mamar logo em sua primeira hora de vida. Segundo estudos, quando o recém-nascido mama em sua primeira hora de vida há maiores chances de manutenção durante o aleitamento.

A seguir, confira seis maiores dificuldades que mamães enfrentam no período de aleitamento e como resolvê-los.

1 – Dor durante a amamentação

É bastante comum que a mulher sinta dor na hora de amamentar. Além disso, amamentar pode doer e por vários motivos. Entre eles, ter o bico do seio rachado, ou ainda as mamas estarem muito cheias (ingurgitadas). Entretanto, esta condição pode se transformar em uma mastite, o que pode provocar febre alta na mãe. Outra dificuldade que gera dor diz respeito à pega errada do bebê. Neste caso, o bebê não abocanha a auréola por completo, mas apenas o bico do seio, machucando a região. E ainda há o fato do bebê “morder” o bico do seio mesmo sem dentes, mas aqui a pressão da gengiva dele pode machucar.

Contudo, estes desconfortos podem perdurar por algumas semanas. Isso ocorre também porque os seios estão se adaptando a nova condição diante dos próximos meses que virão pela frente. Apesar da adaptação, esta etapa pode atrapalhar bastante a amamentação do bebê.

De acordo com a fonoaudióloga e diretora fundadora da Mame Bem Assistência e Treinamento Profissional (SP), Tatiana Vargas:

“Atualmente, é comprovado que práticas antigas, como passar bucha nas mamas, cortar o sutiã para expor os mamilos ou mesmo o uso de pomadas não preparam as mamas para a amamentação. Ao contrário: podem até prejudicar mais.”

Aqui, o recomendado é “tentar expor os mamilos ao sol quando der” e saber mais sobre a pega correta, melhores posturas para amamentar.

2 – Pega inadequada do bebê

Ainda sobre a pega inadequada é o ponto de partida para os demais problemas diários. Entre os sinais indicativos de pega errada do bebê, estão:

  • Bochechas do bebê encovadas a cada sucção;
  • Ruídos da língua;
  • Mama aparentando estar esticada ou deformada durante a mamada;
  • Mamilos com estrias vermelhas ou áreas esbranquiçadas ou achatadas quando o bebê solta a mama;
  • Dor na amamentação.

Com esses sinais, fica mais fácil identificar e corrigir uma pega inadequada do bebê.

3 – Apojadura: tempo de descida do leite

Geralmente, a descida do leite pode demorar entre 24 e 72 horas pós-parto. Nesta fase, é normal que as mamas fiquem inchadas ou avermelhadas, além de um pouco doloridas (ingurgitamento fisiológico).

Nos primeiros dias após o parto, a saída do leite é pequena (<100 ml/dia). Porém, por volta do quarto dia é possível produzir, em média, 600 ml de leite. Além disso, se manter a amamentação exclusiva, sem complementos (como água, chás ou fórmula), poderá produzir, em média, 900 ml.

No começo, as mamas produzem mais leite do que a quantidade necessária ao bebê. E depois de um tempo, as mamas produzirão exatamente a quantidade que o bebê necessita. Portanto, é de vital importância dar ao bebê apenas seu leite, em livre demanda. É o que recomenda a Organização Mundial da Saúde (OMS) até o sexto mês de vida do bebê. Com isso, o corpo da mãe se ajusta gradativamente à quantidade certa.

4 – Bico invertido

Ter o bico invertido diz respeito a ter o bico voltado para dentro e não para fora. Ele pode dificultar a pega do bebê. Nestes casos, o bebê não consegue sugar e puxa o seio com mais força. Sendo assim, a mãe precisa de ajudar para conseguir “constituir” o bico do seio. E em muitas situações, é preciso recorrer ao auxílio dos bicos de silicone ou às conchas, mas elas podem atrapalhar ainda mais o processo de amamentação.

5 – Falta de apoio

A falta de apoio ou entendimento pode levar à procura de uma consultora em aleitamento materno. E também é possível pedir ajuda nos postos de saúde ou em bancos de leite. Entretanto, conversar com o pediatra é uma das primeiras providências a serem tomadas para entender o porquê da falta de leite, pegada errada, entre outros fatores comuns, mas que podem se tornar mais complicados de resolver.

Quando o casal passa a se desentender ou outros familiares e amigos começam a se intrometer na fase de amamentação do bebê, também é hora de buscar um profissional que possa auxiliar nesta etapa.

De acordo com a obstetra ginecologista Diana Vanni, do Hospital israelita Albert Einstein (SP), pode haver um “combinado” entre a parturiente e seu marido. Isso envolve um “mínimo de visitas curtas enquanto a amamentação está entrando nos eixos”. E a participação do companheiro é segurar a família dele e ela, a dela. Ou seja, ninguém no quarto durante amamentação.

6 – Vencendo o desafio de amamentar

O último desafio é sobre superar todos os “perrengues” e vencer a fase de amamentação da melhor forma possível. Esta trajetória deve ter o máximo de informações de como é o aleitamento ainda durante a gestação. Saber que precisa e pode contar com uma rede apoio especializada e familiar.

Se for o caso de contratar uma consultora em aleitamento, certifique-se que a profissional investigue corretamente o porquê da mãe não estar produzindo leite ou não conseguir que seu bebê faça a pega correta. A maior parte destes desafios diários dos primeiros seis meses de vida de um bebê ainda podem ser corrigidos na gravidez ou nas primeiras semanas pós-parto. Pense que de fato você não está sozinha!

Saiba que enfermeiras obstetras também são habilitadas para fazer a consultoria de como amamentar. Tais consultorias, em geral, são em domicílio. Já a quantidade de sessões será alinhada casa a caso, respeitando a individualidade e as necessidades de cada família. E o valor da consultoria varia entre profissionais. Porém, se puder, o investimento vale a pena.

Por fim, tenha em mente que você é capaz de identificar o que possa estar errado na hora de amamentar seu filho. Com ajuda, esta etapa difícil logo vai passar. Enfrente os desafios da melhor maneira possível e curta o momento de dar o melhor alimento para seu filho nos primeiros meses de vida.

Foto: Reprodução/DepositPhotos

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